A cada trimestre, nossos alunos do Ensino Fundamental Anos Finais têm um dia de culminância de criativos e interessantes projetos divididos por áreas.
No primeiro trimestre letivo de 2022, retomamos a realização presencial de grandes trabalhos com a nossa Feira de Ciências da Natureza e Matemática, que abordou a evolução tecnológica ao longo dos últimos anos: a vida como é hoje e como já foi um dia, nas mais diversas áreas; da comunicação à medicina, passando pelos meios de transporte e até mesmo a nossa relação com o espaço em que vivemos – dos mapas aos aplicativos de localização.
Alguns stories podem ser vistos nesse destaque do nosso perfil do Instagram, bem como um registro de alguns momentos desse evento que estão em nosso feed do Instagram.
Na última quarta-feira, dia 24 de Agosto de 2022, realizamos um grande circuito de conhecimento da História do Brasil. Nossos alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental propiciaram a seus colegas, professores e responsáveis uma singular oportunidade: visitar e conhecer o território brasileiro e sua história, desde o descobrimento à República, reconstruindo obras, reconhecendo personagens e recontando os acontecimentos mais memoráveis da trajetória do nosso povo, em homenagem ao Bicentenário da Independência do Brasil.
Cada turma apresentou a teatralização de um período histórico, bem como a releitura de um quadro emblemático da história brasileira, além de jogos dinâmicos para testar conhecimentos e a elaboração de um jornal que contrastava o passado e o futuro, com as notícias que vivemos e as manchetes que gostaríamos de ler.
Os nossos alunos de 6º ano ficaram responsável pela gênese do Brasil, isto é, pelo momento em que as terras brasileiras eclodem para o restante do mundo com a chegada de Pedro Álvares Cabral ao solo tupiniquim. Com uma linda dramatização do momento em que os portugueses chegaram à inicialmente chamada Ilha de Vera Cruz, os nossos alunos do 6º ano abriram o nosso circuito cultural do Bicentenário da Independência.
Na sequência do nosso corredor de personagens históricos, os alunos do 7º ano contextualizaram aos visitantes da Feira o período em que o Brasil foi colônia portuguesa.
Em seguida, os alunos das nossas turmas de 8º ano apresentaram-nos o Império brasileiro, isto é, o período que se compreende desde a Independência do Brasil por Dom Pedro I, em 07 de Setembro de 1822, há quase 200 anos, e a Proclamação da República, em 15 de Novembro de 1889, pelo Marechal Deodoro da Fonseca.
De forma bastante lúdica, os alunos do 9º ano finalizaram as apresentações do nosso corredor cultural explicando os governos republicanos através das vestimentas de cada época, do final do século XIX aos anos 2000, passando pelo período do Regime Militar, que tira do poder o ex-presidente João Goulart, o Jango.
Nas quadras de nossa escola, o aprendizado e a diversão tomaram conta. Dos incríveis jogos de tabuleiro – com dados, trilhas e jogos da velha – à tecnologia dinâmica do famoso estilo “Passa ou Repassa” – com direito a botão e sirene, não faltaram perguntas e desafios sobre nenhum período da história brasileira, e quem visitou nossa Feira Cultural de Ciências Humanas pôde testar seus conhecimentos sobre todas as épocas da história do Brasil, de 1500 aos dias atuais.
Uma exposição com caprichadas releituras de obras emblemáticas da nossa história, mais do que encantar a todos, nos permitiu a reflexão a respeito de como se narra a formação étnica do povo brasileiro, nossa luta emancipacionista e a valorização das classes menos favorecidas.
Nossos alunos do 6º ano trouxeram uma nova perspectiva sobre a obra “Desembarque de Cabral em Porto Seguro em 1500”, de 1900, do pintor fluminense Oscar Pereira da Silva. A turma do 7º ano, representando o período colonial no Brasil, realizou a releitura da obra “Tiradentes esquartejado”, de 1893, do paraibano Pedro Américo, mundialmente reconhecido por suas pinturas de cunho histórico.
Também de Pedro Américo a nossa turma do 8º ano A reproduziu o clássico quadro “Independência ou Morte”, também conhecido como “O Grito do Ipiranga”, de 1888: uma emblemática obra da história brasileira.
Já a nossa turma de 8º ano B, também explorando o período do Brasil Imperial, fez a releitura da importante obra “Jantar no Brasil”, de 1839, do desenhista e professor francês Jean Baptiste Debret, que ilustra um cotidiano de desigualdade no interior das casas no Império brasileiro.
Nossa turma de 9º ano, por fim, encerra a nossa série de releitura de artes visuais com “Os Operários”, da renomada pintora modernista, a paulista e cubista Tarsila do Amaral, um relevante nome do modernismo brasileiro, cujo evento de inauguração – a Semana de Arte Moderna – comemorou esse ano o seu centenário. Nossas turmas de 3º ano do Ensino Fundamental Anos Iniciais visitaram o Museu Villa-Lobos, e tiveram a oportunidade de conhecer a vida e a obra do músico Heitor Villa-Lobos, que teve como um dos momentos de destaque da sua carreira a apresentação que fez no palco do Theatro Municipal de São Paulo, na Semana de 22.
Do outro lado do casarão central de nossa escola, foi possível continuar nosso encontro com personagens prontos a nos contar a sua história.
Ao longo deste passeio histórico, com os alunos do 6º ano, aprendemos mais sobre nomes como:
- Padre Manuel de Nóbrega – jesuíta que esteve presente na fundação das cidades de Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ).
- Pedro Álvares Cabral, o responsável pelas caravelas que chegaram às terras brasileiras.
- Pero Vaz de Caminha, o escrivão que escreve a “Carta de Achamento”, a certidão de nascimento do Brasil.
O 7º ano, no período colonial, nos trouxe:
- Zumbi dos Palmares, importante símbolo de resistência contra a escravização de africanos.
- Bárbara de Alencar – uma evolucionária comerciante e avó do escritor romântico José de Alencar e ascendente mais distante também do escritor contemporâneo Paulo Coelho.
- Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por “Tiradentes”, um dos líderes da inconfidência mineira.
- Chica da Silva, a escrava alforriada que se empoderou em Arraial do Tijuco, hoje cidade de Diamantina, em Minas Gerais.
- Gregório de Matos, o poeta baiano que satirizou as autoridades políticas e religiosas do Brasil no século XVII e um dos principais autores da poesia barroca brasileira.
- Domingos José Martins, um comerciante que, de tão revolucionário, ficou conhecido como “noivo da revolução”.
Nossos alunos do 8º ano trouxeram figuras emblemáticas do Brasil Imperial:
- Dom João VI, que traz a família real portuguesa para o Brasil em 1808.
- Dom Pedro I, que declara, em 1822, a independência do Brasil.
- Dona Leopoldina, primeira esposa do Imperador Dom Pedro I e grande influenciadora da decisão pelo rompimento com a coroa portuguesa.
- Maria Quitéria de Jesus, a mulher que se trajou de homem para lutar junto aos combatentes na Guerra da Independência, na Bahia.
- Dom Pedro II, segundo e último monarca do Império brasileiro.
- Princesa Isabel, responsável pela assinatura da Lei Áurea, que, em 1888, aboliu a escravidão no Brasil.
- Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá – importante figura no processo de industrialização do Brasil no período do Império.
- Chiquinha Gonzaga, maestrina pioneira na arte de tocar piano, na composição de uma marcha carnavalesca e na regência de uma orquestra.
E, por fim, fechando os nossos corredores teatrais, a nossa turma de 9º ano apresentou importantes personagens, das mais diversas áreas, da república brasileira.
- Getúlio Vargas, o presidente que rompe a política café com leite e dá início à chamada nova república.
- Zuzu Angel, a mãe que perdeu Stuart Edgar Angel Jones durante a ditadura militar brasileira e fez da sua dor, com a moda, um ato de protesto mundialmente reconhecido.
- Tarsila do Amaral, a pintora cubista que retratou a essência do Manifesto Antropófago e do processo de coisificação dos operários durante a exploração do século XX.
- Oswaldo Cruz, médico sanitarista, epidemiologista e pioneiro no estudo das doenças tropicais e na medicina experimental no Brasil. Recebe seu nome não só um bairro da zona norte carioca, mas também uma das principais instituições de pesquisa científica do país, a FioCruz.
- Maria da Penha, a farmacêutica brasileira que fez da sua dor uma luta e ajudou milhares de mulheres a denunciarem agressores e verem seus agressores condenados e punidos. É ela quem nomeia a Lei 11.340, de 2006, conhecida como Lei Maria da Penha.
A última parada do nosso circuito histórico em homenagem aos 200 anos da Independência do Brasil foi no nosso Centro Cultural Gilmar da Silva, em que os visitantes puderam fazer um teste final de seus conhecimentos através de um divertido e tecnológico jogo educativo conhecido como Kahoot!.
Os alunos de todos os anos finais do Ensino Fundamental, divididos em períodos históricos como o Brasil Colonial, o Império e a República, ofereceram aos seus responsáveis, professores e colegas de todos os segmentos da escola a possibilidade de participar dessa atividade tão dinâmica.
Antes, fomos convidados a refletir sobre o Brasil que queremos. No espaço conhecido como “quiosque”, parte central do pátio de nossa escola, grupos de alunos do 6º ao 9º ano compararam, de forma lúdica e criativa, as notícias dos jornais do passado e as manchetes que gostaríamos de ler no futuro, evidenciando mais uma vez a influência direta do nosso passado histórico na nossa realidade atual, bem como a importância de compreender esse processo para um futuro diferente.
A Feira Cultural de Ciências Humanas movimentou toda a nossa escola. Os alunos do Ensino Médio que, no dia 24, realizaram um simulado modelo ENEM, visando à preparação para o Vestibular, puderam, ao término da prova, prestigiar o trabalho empenhado dos alunos do Ensino Fundamental Anos Finais.
Na segunda-feira, dia 22 de Agosto, nossos alunos do Pré 1 da Educação Infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental Anos Iniciais participaram, em diferentes sessões, de um momento de teatralização e contextualização para que pudessem visitar a nossa Feira Cultural de Ciências Humanas com maior compreensão do que foi apresentado.
Finalizamos, portanto, mais um evento certos de que a parceria escola-família é sempre a fórmula para que todos aprendam juntos, não só os conteúdos das disciplinas, mas – sobretudo – a importância da coletividade, do respeito mútuo, do trabalho em equipe, da cooperatividade e do conhecimento construído coletivamente.
Agradecemos aos responsáveis pela presença e registramos aqui toda a nossa gratidão àqueles que se empenharam em realizar, com excelência, mais uma significativa experiência na jornada pedagógica de nossos alunos.
