Em 15 de Novembro de 2022, celebramos 133º (centésimo trigésimo terceiro) aniversário da Proclamação da República do Brasil, evento que, em 1889, instaurou o regime político republicano em nosso país – depois de 322 (1500 a 1822) anos como colônia de Portugal e 67 (1822 a 1889) anos como Império.
Nossos alunos das turmas de oitavo e nono anos do Ensino Fundamental Anos Finais puderem visitar três locais da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, que foi – vale lembrar – capital do Brasil por quase duzentos anos (1763 a 1960).
Acompanhados da equipe diretiva e dos professores Winston, de Geografia, e Adriana, de História, nossos educandos tiveram uma verdadeira aula em muitas etapas – desde a saída da escola até o retorno, reconhecendo trajetos e lugares emblemáticos da capital fluminense e observando, de forma concreta, os conteúdos estudados em sala de aula, eternizados nos objetos e espaços conhecidos e reconhecidos ao longo do passeio.
Abaixo, vamos listar 05 curiosidades acerca de cada um desses locais que você pode aproveitar o período de férias para conhecer: o Monumento aos Mortos da 2ª Guerra Mundial, o Museu da República e o Forte de Copacabana.
Monumento aos Mortos da 2ª Guerra Mundial
- O Monumento aos Mortos da 2ª Guerra Mundial, conhecido como Monumento dos Pracinhas, é uma obra arquitetônica que pode ser vista tanto por quem passa de carro pelas ruas do Aterro do Flamengo quanto por quem passeia de barco pela praia. A construção é um memorial em homenagem aos soldados brasileiros que lutaram, na Itália, durante a 2ª Guerra Mundial.
- O memorial foi idealizado pelo Marechal João Baptista Mascarenhas de Moraes, comandante da Força Expedicionária Brasileira, que disse, em homenagem aos solados, “Eu os levei para o sacrifício, cabia-me trazê-los de volta para receber as honras e as glórias de todos os brasileiros.”.
- A construção do Monumento dos Pracinhas levou três anos para ficar pronta, sendo inaugurado em 05 de agosto de 1960. Seu projeto foi disputado em um concurso nacional de arquitetos. Os vencedores foram Marcos Konder Netto e Hélio Ribas Marino.
- O memorial possui área total de cerca de 10.000 m² e é dividido em três planos: a Plataforma, onde ficam o “Túmulo do Soldado Desconhecido”, a “Escultura Metálica”, a “Pirâmide Triangular” e o “Grupo Escultório”, uma escultura de 5 metros que, em granito, representa as três Forças Armadas; o Patamar, onde se podem encontrar o lago, o “Jardim Interior”, os “Painéis de Cerâmica” e a “Sala de Exposições”, local em que são expostos alguns dos matérias bélicos militares utilizados por soldados brasileiros nos Campos de Batalha da Itália; e, por fim, o Subsolo, com a atração principal do local: o Mausoléu dos soldados mortos na 2ª Guerra Mundial.
- Além de atos religiosos em memória dos soldados brasileiros que combateram na 2ª Guerra Mundial, o chamado Monumento dos Pracinhas também realiza anualmente o “Dia da Vitória”, em 08 de Maio, comemorando a derrota do nazi-facismo na Europa, a homenagem aos mortos das Marinhas de Guerra e Mercante e, mensalmente, a Rendição da Guarda, com o revezamento de responsabilidades entre as forças do Exército, da Marinha e da Aeronáutica no que se refere à segurança e ao zelo do “Túmulo do Soldado Desconhecido”.
O Monumento é, desde 2010, tombado pelo IPHAN, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e, por ser 24 horas protegido por forças militares, é um excelente local para se fazer um passeio histórico com segurança pelo Rio de Janeiro. Vale a pena conhecer! Nossos alunos adoraram a experiência e se emocionaram com tudo o que ouviram no local, tanto da visita guiada quanto pela aula ministrada lá por nossos professores.
Museu da República
- Apesar de ser muito conhecido até hoje como a casa em que morou e se matou o presidente Getúlio Vargas, o Palácio do Catete – atual Museu da república – já foi morada de 18 presidentes brasileiros, durante 64 anos como sede do poder executivo federal.
- Pouca gente sabe, mas o local também já foi um hotel chamado de “Companhia Grande Hotel Internacional” e, antes, um palácio pertencente ao Barão de Nova Friburgo e, por isso, nomeado como Palácio de Nova Friburgo, apesar de estar em plena capital fluminense.
- O hoje Museu da República é uma referência para os estudos da história brasileira a partir de 1889, quando Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República no Brasil. Seus jardins são diariamente abertos ao público e sua área interna abriga um ambiente inaugurado em 2007 e conhecido como “Espaço de Atualização”, onde são exibidas informações diárias, por jornais e noticiários digitais, mostrando que história do Brasil está, todos os dias, em constante construção.
- Lá, no Museu da República, está também o Centro de Referência da República, um importante acervo de documentos presidenciais, livros, arquivos e obras raras para pesquisa acerca do regime republicano no Brasil.
- O Palácio do Catete deixou de ser a morada oficial dos presidentes do Brasil e passou a funcionar como Museu da República no governo Juscelino Kubitschek com a inauguração de Brasília, a cidade projetada para ser a capital brasileira, no Distrito Federal.
Não há dúvidas de que, nesse passeio, não faltou conhecimento e oportunidade de aprendizado. Nossos alunos, certamente, retornaram com uma visão mais ampla sobre a história política do Brasil.
Por fim, a última parada foi no Forte de Copacabana, monumento militar bastante representativo das Forças Armadas do Brasil.
Forte de Copacabana
- Você sabe o que é um “Forte”? Um “Forte” é, na verdade, uma fortaleza militar, ou seja, uma espécie de construção arquitetônica defensiva, forte o bastante para abrigar e proteger tropas de ataques inimigos.
- O Forte de Copacabana começou a ser construído em 1908, pouco antes do início da 1ª Guerra Mundial, como uma estratégia de proteção da capital do Brasil, à época, o Rio de Janeiro, de possíveis ataques ou aproximações inimigas pelo mar. Hoje, a tecnologia já permite que guerras aconteçam sem a necessidade de deslocamento de soldados e afins, mas, antigamente, a realidade ainda era uma aproximação que se dava, muitas vezes, pelo mar.
- De fato, o nome “Forte” não é por acaso. O Forte de Copacabana é, desde sua concepção, motivo de orgulho técnico para arquitetos e engenheiros militares. Com paredes de 12 metros de espessuras e canhões voltados para o mar, o monumento chama atenção por sua magnitude e seu poder de proteção da Baía de Guanabara.
- Em 1914, o Forte de Copacabana teve sua construção concluída e foi inaugurado com a presença do então presidente da república Hermes da Fonseca. Neste mesmo ano, teve início a 1ª Guerra Mundial reforçando, para a sociedade brasileira da época, a necessidade de bases militares de proteção como o Forte de Copacabana.
- Por suas dimensões e construção, o Forte de Copacabana já foi reconhecido como Fortificação de Guerra mais moderna da América do Sul, em 1914. Ao longo de sua história, foi palco de acontecimentos marcantes da república brasileira, como a chamada “Revolta dos 18”, em 1922 e a deposição do presidente Washington Luís com o golpe que levou Getúlio Vargas ao poder em 1930, encerrando a chamada “República Velha”.
O Forte de Copacabana abriga o Museu do Exército Brasileiro e, junto à história das forças armadas, é sempre possível aprendermos muito sobre a história do nosso país.
Nas férias ou em período letivo, com a escola ou com a família, aprender é sempre a melhor opção. Nesse passeio, nossos alunos das turmas de 8º e 9º anos puderem não só conhecer e reconhecer importantes elementos da história política e cultural do Brasil, como também praticar suas habilidades de convívio e autonomia fora da sala de aula.
Abaixo, reunimos alguns registros que ilustram a alegria de momentos como esses como significativas experiências práticas no cotidiano escolar dos nossos educandos.
