5º ano faz tour em Petrópolis

No último dia letivo do primeiro semestre, nossos educandos das turmas de 5º ano do Ensino Fundamental Anos Iniciais aproveitaram uma super visita à cidade de Petrópolis, um lugar de importância imensurável para a compreensão do Brasil Imperial.

Reunimos, com muito carinho, 04 atrações extraordinárias, que nossos alunos do 5º ano puderam conhecer neste passeio incrível e que reúnem muitas curiosidades sobre a cidade de Petrópolis e a sobre a história do Brasil!

Palácio Quitandinha

Localizado na zona Sul de Petrópolis, seu nome deriva de um pequeno comércio que se estabeleceu na localidade para vender produtos oriundos de um solo bastante fértil, cuja produção de hortaliças, frutas e legumes alimentava as tropas que passavam por ali. Seu início se dá no chamado Ciclo do Ouro, em pleno século XVIII, quando a descoberta de pedras preciosas no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil muda os rumos da nossa economia. Tropas de mulas – animais resistentes – faziam o transporte de suprimentos entre os povoados formados no Rio de Janeiro e na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais.

A antiga Fazenda Quitandinha foi, no século XIX, doada pelo engenheiro alemão Júlio Frederico Koeler ao imperador brasileiro Dom Pedro II. A partir desse momento, passa a surgir uma das primeiras cidades planejadas do Brasil: Petrópolis, cuja etimologia quer dizer “Cidade de Pedro” – não por acaso, bem próximo a Teresópolis – “Cidade de Teresa”, em homenagem à Imperatriz Teresa Cristina.

Mais tarde, com a chegada da estrada Rio-Petrópolis, o deslocamento entre a capital fluminense e a cidade serrana se torna mais fácil e chama atenção do empresário mineiro Joaquim Rolla – então proprietário do Cassino de Icaraí em Niterói, e do Cassino da Urca, no Rio de Janeiro.

Atraído pela imensidão do terreno da Fazenda Quitandinha, Joaquim Rolla idealiza a construção do que seria o maior Cassino-hotel da América Latina, atraindo hóspedes de toda parte. Em pouco tempo, o empresário adquire o espaço e dá início à construção, cujo projeto ficou sob responsabilidade de Luis Fossati. A decoração interior, por sua vez, fica a cargo de Dorothy Draper – uma das maiores decoradoras estadunidenses à época, que buscou reproduzir a modernidade e a ousadia estética dos cenários hollywoodianos.

Mesmo em meio à instabilidade das guerras mundiais, o Hotel-Cassino Quitandinha vai muito bem, até que, em 1946, o então presidente Eurico Gaspar Dutra decreta a proibição do jogo no Brasil. Uma série de acontecimentos, nesse momento, converge para o declínio do Palácio Quitandinha como hotel. A chegada de outros estabelecimentos de grande porte no ramo, como o Hotel Glória e o Copacabana Palace, bem como a ascensão de outros destinos turísticos no estado do Rio de Janeiro, como Cabo Frio e Búzios corroboram para que o Quitandinha deixe de funcionar como hotel.   

Com um espaço de 50 mil m² e seis andares, seus quartos passam a formar 440 apartamentos – hoje de propriedade particular. Além de 13 grandes salões com até 10 metros de altura, o Quitandinha abriga o chamado Salão Mauá, que apresenta a maior cúpula já feita em concreto no mundo todo, com 30 metros de altura e 50 metros de diâmetro.

Em frente ao Palácio Quitandinha, existe um lago com o formato do mapa do Brasil de cabeça para baixo em relação ao prédio do antigo hotel, e pouca gente sabe, mas grande parte da areia utilizada na construção do lago foi retirada da praia de Copacabana.

Hoje, o térreo e o primeiro andar do Quitandinha têm sua administração terceirizada para o Sesc, que busca promover eventos de revitalização da importância histórica, artística e cultural do espaço reconhecido como o maior Palácio do Brasil e um dos maiores da América Latina.

Além de teatros, o local conta também com boliche e já foi palco foi palco de espetáculos tradicionalíssimos da cultural mundial, recebendo a Ópera de Pequim e a companhia de dança Deborah Colker. Hoje, realiza as edições do Festival de Inverno do Sesc, um dos maiores eventos da região serrana do Rio de Janeiro.

Em seus salões, já se apresentaram estrelas como Errol Flynn, Orson WellesLana Turner, Henry Fonda, Maurice Chevalier, Greta Garbo, Bring Crosby e até personalidades emblemáticas como Carmen Miranda e Walt Disney.

Os moradores do Quitandinha, atualmente, originam-se, das classes mais abastadas da capital do Rio de Janeiro, mas já se hospedaram, no antigo Hotel Quitandinha, figuras políticas como os ex-presidentes Eurico Gaspar Dutra, Getúlio Vargas e Café Filho, além de elementos importantes da política internacional como Evita Perón  e o ex-presidente dos Estados Unidos Harry S. Truman.

 A Catedral de São Pedro de Alcântara

Com arquitetura de estilo neogótico francês, a Catedral de São Pedro de Alcântara é parada indispensável de uma visita histórica a Petrópolis. No local, estão os restos mortais da Família Imperial, desde Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina a seus descendentes e respectivos cônjuges: a Princesa Isabel, famosa pela assinatura da Lei Áurea, que trouxe a abolição da escravatura no Brasil, e seu marido; o conde D’Eu, bem como o filho do casal; Dom Pedro de Alcântara, e sua esposa; dona Elisabeth.

Ornamentado com esculturas de renomados artistas como Jean Magro, o local conta ainda com um altar gótico decorado com relíquias trazidas de Roma pelo Cardeal Dom Sebastião Leme, além de reunir peças esculpidas em diversos materiais, como mármore de Carrara, granito preto da Tijuca, ônix e bronze. Todo o mobiliário da igreja foi produzido à mão em jacarandá, e as portas principais chegam a pesar até 2400 kg cada.

O padroeiro da catedral é São Pedro de Alcântara, instituído por Dom Pedro I como o patrono do Império Brasileiro e conhecido como protetor da monarquia. Na parte superior da torre da igreja, encontra-se uma preciosidade do trabalho artesanal e da música: um órgão projetado e construído no Rio de Janeiro pelo artista Guilherme Berner, um introdutor da indústria de órgãos no Brasil.

O Museu Imperial

Você se lembra do engenheiro alemão Júlio Frederico Koeler, que doou a fazenda Quitandinha a Dom Pedro II? Pois é, foi ele também que elaborou o projeto que daria origem à casa de veraneio da família imperial, onde hoje funciona o chamado Museu Imperial de Petrópolis.

Com o falecimento de Koeler, Cristóforo Bonini assume o comando da construção da monumental casa, até que uma série de importantes arquitetos ligados à Academia Imperial de Belas Artes é convidada a colaborar na finalização do local. São nomes como José Maria Jacinto Rebelo, Joaquim Cândido Guillobel e Manuel Araújo Porto Alegre – este último, em especial, responsável pela decoração. Mais tarde, um jardim planejado pelo renomado paisagista Jean-Baptiste Binot valoriza ainda mais a beleza e imponência do conjunto arquitetônico do palácio de verão do Imperador.

Com peças artesanais produzidas em madeiras nobres como vinhático, jacarandá e cedro, além de pisos de mármores de Carrara e mármore preto belga, o espaço conta com salas de jantar, de música, de visitas e de Estado, isto é, um ambiente oficial para receber autoridades políticas da época.

O hábito de veranear em Petrópolis se iniciou no Império e se estende até hoje. Ao longo da nossa história, não faltam exemplos de chefes de Estado que escolheram o local como destino de suas férias. As prolongadas temporadas que Dom Pedro II adorava passar em sua residência de verão criaram em toda a cidade uma atmosfera de receptividade e elegância, que atrai, até hoje, turistas e personalidades famosas.

Com a proclamação da República e o exílio da família Imperial na Europa, a princesa Isabela alugou o Palácio de Petrópolis para duas escolas tradicionais da época: o Educandário Notre Dame de Sion e, posteriormente, o Colégio São Vicente de Paulo. Nesta última instituição, estudou um aficionado por história: Alcindo de Azevedo Sodré. Foi ele quem levou ao presidente Getúlio Vargas a ideia de criar, em 1940, o hoje Museu Imperial.

Primeiro diretor do Museu Imperial, Alcindo Sodré liderou uma equipe técnica que localizou e restaurou, com o apoio e a doação de colecionadores e estudiosos, peças que até hoje ilustram o cotidiano da dinastia dos Braganças, no século XIX – formando, no Museu Imperial, um importante acervo histórico, artístico, arquitetônico e cultural do Brasil. 

Seu setor de Educação atende escolas e estudantes com visitas monitoradas e seu arquivo digital conta com mais de 200 mil documentos; entre gravuras, mapas e fotografias. A Biblioteca do Museu reúne mais de 50 mil volumes, incluindo oito mil obras consideradas raríssimas.

A Encantada – Museu Casa de Santos Dumont

Uma pitoresca residência localizada em um dos pontos mais íngremes de Petrópolis recebe o nome de “A Encantada” e foi morada do grande inventor Santos Dumont – o pai da aviação.

O nome da moradia se dá devido à rua em que se localiza – a Rua do Encanto, mas, de fato, a casa nos encanta, e muito! Repleta de peculiaridades, o ambiente desperta curiosidade e é digno mesmo de ser o reduto particular de um inventor. Lá, é possível encontrar, por exemplo, o protótipo do primeiro chuveiro de água quente do Brasil, aquecido a álcool, bem como as famosas escadas que intercalam vãos para que ninguém bata com a canela ou o joelho no degrau seguinte.

Essas escadas, projetadas por Santos Dumont, são hoje atrativo turístico indispensável da visita à Encantada, e possuem um segredo para que seja possível subir confortavelmente: a subida pela escada externa precisa ser iniciada com o pé direito, enquanto, do lado de dentro, indica-se começar a subir com o pé esquerdo. Assim, se evitará ficar trocando as pernas para fugir dos vãos intercalados durante a subida.

A casa talvez seja pioneira no chamado estilo “conceito aberto”, uma vez que não possui divisória entre os cômodos. Tudo era projetado exatamente sob medida para servir às necessidades de Dumont. A mesa de jantar e de trabalho, por exemplo, possui um espaço na lateral que cabe perfeitamente para que o funcionário que fosse servir a comida alcançasse todo o espaço da mesa sem precisar debruçar-se sobre ela. Há também uma mesa com cadeiras muito altas para que fosse possível realizar o serviço à altura dos braços, sem precisar abaixar ou curvar-se.

Como o inventor não cozinhava, não há, no local, espaço para cozinha. Havia, do outro lado da rua, o Palace Hotel para cujo restaurante Santos Dumont ligava para solicitar refeições e o garçom que já o conhecia atravessava a rua para levar-lhe o prato. Talvez até nisso Santos Dumont tenha sido um pioneiro: uma espécie de visionário dos serviços de delivery – tão requisitados na sociedade atual. Em frente ao Museu Casa de Santos Dumont, onde havia o Palace Hotel, está hoje a Universidade Católica de Petrópolis

Tombada em 1952 pelo IPHAN, a Encantada possui três andares e um observatório das estrelas sobre o seu telhado. No alto da casa, há também uma bandeira que, quando hasteada, indicava aos amigos de Santos Dumont que o inventor estava na cidade.

Local onde o aviador escreveu seu segundo livro – “O que eu vi, o que nós veremos”, em 1918, ano do final da Primeira Guerra Mundial, a casa foi doada por sobrinhos de Santos-Dumont à Prefeitura de Petrópolis – hoje responsável pela pelo funcionamento do espaço como forma de manutenção de seu memorável valor histórico. Você já sabia de todas essas curiosidades? Conhecer Petrópolis é ter o privilégio de passear pela história do Brasil, e nossos educandos voltaram muito felizes com essa aula-passeio fantástica: uma oportunidade singular de visitar um lugar que emana conhecimento.

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